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O Guardião do Baixo Mondego

05.05.16 | Os bloggers

Entre Coimbra e Figueira da Foz, bem no coração do Baixo Mondego, encontramos a Vila de Montemor-o-Velho com o seu belo e imponente Castelo.

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As primeiras referências do Castelo de Montemor-o-Velho remontam ao Séc. IX com a reconquista deste aos Árabes. Desde então a sua posse alternou várias vezes entre Cristãos e Muçulmanos até que no Séc. XI com a reconquista de Coimbra passou definitivamente para as mãos dos Cristãos e devido à sua importância geo-estratégica, em conjunto com os Castelos de Miranda do Corvo, Penela, Soure e Santa Eulália, formava a cintura defensiva da cidade de Coimbra.

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Apesar da passagem definitiva para as mãos dos Cristãos as disputas no Castelo continuaram, desta vez entre os reis e príncipes de Portugal e já no início do Séc. XIX durante a Guerra Peninsular, chegou a ser ocupado pelas tropas de Napoleão.

Ao longo dos Séculos e destas disputas todas, a fortaleza sofreu várias ampliações e adaptações conforme as necessidades dos seus ocupantes, chegando o seu interior a servir de cemitério da povoação.

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Apesar do seu historial de lutas, a história mais conhecida do Castelo de Montemor-o-Velho é sobre o amor impossível de D. Pedro e Inês de Castro. Foi neste Castelo que em 1355 o rei Afonso IV se reuniu com os seus conselheiros para debater o perigo que Inês e os seus irmãos constituiam para a independência nacional, tendo decretado a sua morte que acabou por ser consumada no Paço de Santa Clara em Coimbra.

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Hoje em dia é tudo mais pacífico dentro das muralhas, existe um bonito jardim relvado, uma casa de chá no espaço do antigo Paço das Infantas, a Capela de Santo António, a Igreja da Madalena, as ruínas da Capela de São João e a igreja de Santa Maria da Alcáçova, que é bastante requisitada para a celebração de casamentos, esquecendo todas as tragédias que ali aconteceram. No interior da igreja de Santa Maria da Alcáçova destacam-se as figuras de Nossa Senhora do Ó grávida e o Anjo da Anunciação, ambos atríbuidos ao Mestre Pêro.

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Do alto das suas muralhas podemos desfrutar de uma fantástica vista sobre o vale do Mondego com os seus campos de milho e arroz, para o Paúl do Taipal e para a Vila de Montemor.

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Após a visita ao interior do Castelo, aconselhamos um passeio pelo exterior das muralhas, descendo a encosta até ao centro da Vila (existem umas escadas rolantes para voltar a subir caso tenham estacionado o carro junto ao Castelo) onde podem recuperar energias numa esplanada degustando um dos muitos doces conventuais típicos da zona, como por exemplo, os Pastéis de Tentúgal, as Espigas Doces, as Pinhas doces, ou as Barrigas de Freira.

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Para terminar o passeio, podem passar pelo Centro Náutico onde é provável encontrar algum evento a decorrer ou simplesmente para apreciarem a beleza das cegonhas nos seus ninhos à beira rio.

Bons passeios.

 

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