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Roteiro Cultural - Palácio Nacional de Mafra

01.03.15 | Os bloggers

Hoje é o primeiro Domingo do mês e há que aproveitar as Borlas para Miúdos e Graúdos, que a Direcção Geral do Património Cultural nos dá. Nós já aproveitámos e a nossa sugestão de hoje vai para o Palácio Nacional de Mafra.

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O Palácio Nacional de Mafra é um edificio imponente e que domina completamente a paisagem, sendo constítuido por uma área de palácio propriamente dita e por uma zona de mosteiro em estilo barroco.

A sua construção teve início a 17 de Novembro de 1717, por iniciativa de D. João V, em cumprimento de uma promessa, feita no sentido de obter descendência. Resolvida a curta história de infertilidade, nasce D. Maria Bárbara e concomitantemente o Palácio.

 

O projecto inicial era o de apenas construir um modesto mosteiro para albergar cerca de uma centena de frades, mas com a riqueza proveniente do ouro que começou a chegar do Brasil, a corte enriqueceu e o projecto de construção do Palácio tornou-se megalómano.

Estima-se que a obra empregou 52 mil trabalhadores. Obra feita e nasce: um convento para 300 frades, uma enfermaria / hospital, um palácio real, uma biblioteca soberba e dotada de uma beleza rara e uma basílica (consagrada a 22 de Outubro de 1730, por ocasião do 41º aniversário do Rei).

 

Durante quase dois séculos o Palácio fez as delícias da família real, que muito gostava de caçar na Tapada de Mafra.

O Paço Real ocupa todo o piso superior do edifício e os dois torreões, sendo o do Norte destinado a Palácio do Rei e o do Sul à Rainha, ligados por uma longa galeria de 232 m – o maior corredor palaciano na Europa, mas funcionando independentemente. Para além dos quartos reais (com as suas minúsculas camas - que pequeninos que eles eram!), há várias salas particulares que merecem a nossa atenção: sala de jantar, sala da música, sala de jogos e sala da caça.
 

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 Sala da música Sala da caça
 
A biblioteca é sem dúvida a maior preciosidade do Palácio de Mafra. Remete-nos para outros tempos e deixa-nos deliciados com tanta perfeição e delicadeza. O chão é em mármore e as estantes em estilo rococó, recheadas com uma valiosa colecção de mais de 36.000 livros com encadernações em couro e gravadas a ouro (que podem ser consultados através de marcação). O impacto visual é mágico! E qual é o grande truque para a conservação dos livros? É uma medida muito ecológica e natural! Não adivinham? Na biblioteca reside uma família de morcegos, sendo cada morcego capaz de se alimentar de 500 insectos por noite, protegendo os livros das agruras dos mesmos! Morcegos amigos!
 

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 A biblioteca Pormenor de uma estante
 
Por baixo do Paço Real temos a área de Convento, contendo todas as divisões necessárias para o quotidiano diário de 300 frades. Dentro do Convento dá-se destaque à zona do hospital, com uma farmácia, instrumentos cirúrgicos (medo!) e uma enfermaria com 16 camas, em mini-quartos individuais (enfermaria de luxo!). Anualmente os frades consumiam 120 pipas de vinho e 70 de azeite! Que fartura!
 
A Basílica ocupa a parte central do edifício e está ladeada por duas torres sineiras.
Foi construída segundo o desenho de João Frederico Ludovici, ourives de origem alemã e que a concebeu ao estilo barroco italiano, influenciado por uma longa permanência em Itália. A Basílica possui 2 carrilhões históricos e dos maiores do mundo, constituídos por 98 sinos com mais de 200 toneladas!
 

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Desde Janeiro deste ano, que no claustro Norte do Palácio, pode encontrar uma exposição viva de falcões, descobrindo os segredos da falcoaria e apreciando demonstrações de voo, num ambiente palaciano do século XIII.
 

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Está curioso? Vá até lá! Será concerteza uma tarde bem passada!
E no final ataque um Fradinho nas imediações do Palácio! Calma, não é violência, é gula! Um Fradinho é apenas um pastel de amêndoa e feijão, fruto de uma receita conventual característica da região de Mafra.
Divirtam-se!